O lucro da Fibria Celulose subiu 52% no terceiro trimestre na comparação anual para R$ 1,13 bilhão, com um desempenho impulsionado pela receita líquida recorde no período, em meio ao aumento da produção e à depreciação do real frente ao dólar, informou a empresa nesta quarta-feira (24).
A Fibria está nos últimos estágios do processo de incorporação pela Suzano Papel e Celulose, que resultará na maior companhia de celulose do mundo.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, também recorde, somou R$ 3,269 bilhões - alta de 160% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O resultado foi favorecido pela valorização de 25% do dólar médio frente ao real, pelo aumento no volume de vendas e alta de 22% do preço médio líquido em dólar da celulose, disse a empresa.
A margem Ebitda ajustada atingiu 63%, excluindo as vendas de celulose provenientes da Klabin, ante 49% no mesmo período do ano passado.
"A demanda permaneceu consistente ao longo do trimestre, o que minimizou os efeitos da tradicional sazonalidade deste período do ano, ao mesmo tempo em que os níveis de oferta permaneceram estáveis", disse a Fibria.
Ao mesmo tempo, o custo caixa de produção no trimestre recuou para R$ 584 a tonelada, 13% inferior ao registrado trimestre anterior e 4% menor que no mesmo período do ano passado, em função majoritariamente da conclusão da curva de aprendizado da nova linha de produção Horizonte 2.
Com isso, a relação dívida líquida/Ebitda encerrou o trimestre em 1,18 vez em dólar -- menor nível desde a criação da empresa -- e 1,33 vez em reais.
A equipe do BTG Pactual destacou em nota a clientes que o Ebitda superou suas estimativas, refletindo uma melhor performance de vendas e custo melhor que esperado. Também citou que a geração de caixa continua muito forte e a alavancagem atingiu patamar bem confortável.