O dólar opera em queda em relação ao real nesta terça-feira (10), com investidores de olho no cenário político com a proximidade da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado e novamente sem atuação do Banco Central.
Na segunda-feira (9), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que colocará em votação na quarta-feira o pedido de abertura do processo de impeachment, que poderá culminar no afastamento temporário de Dilma, levando o vice Michel Temer a assumir o posto. Temer já sinalizou que Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados, segundo a Reuters.
Na sessão anterior, o dólar chegou a subir quase 5% na máxima do dia após o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), suspender a votação do processo de impeachment na Casa. A alta perdeu força, no entanto, conforme o processo foi mantido no Senado.
À noite, o próprio deputado revogou sua decisão de anular a sessão de votação que aprovou o impeachment.
O Banco Central mais uma vez não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares. Se ficar de fora a novamente, será a quinta sessão seguida.
No exterior, o dólar subia em relação a uma cesta de moedas. A moeda norte-americana teve alta ainda frente ao iene, após o ministro das Finanças do Japão alertar que o país vai intervir no mercado de câmbio se as altas "unilaterais" do iene durarem tempo suficiente que prejudiquem a economia, de acordo com a Reuters.
Fonte: G1