Ãltimas notÃcias sobre a crise no preço do petróleo de 10/03
Um dia após a turbulência no mercado financeiro provocada pela guerra de preços do petróleo entre Rússia e Arábia, os mercados mostram recuperação nesta terça-feira (10).
Veja os principais destaques do dia*:
- Barril do petróleo Brent: alta de 10,39%, a US$ 37,93
- Barril do petróleo WTI: alta de 9,64%, a US$ 34,13
- Dólar: queda de 1,15%, a R$ 4,6736
- Bolsa de Tóquio: fechou em alta de 0,85%
- Bolsa de Frankfurt: alta de 2,6%
- Bolsa de Milão: alta de 1,33%
- Bolsa de Londres: alta de 3,51%
- Bolsa de Moscou: -7,08%
* atualizados às 9h30
Bolsas da Ásia fecham em alta nesta terça-feira (10)
Veja os últimos destaques
- Segundo a agência Reuters, os investidores avaliam que os países podem disparar possíveis estímulos econômicos diante da crise
- O dia é de expectativas de que ainda seja possível que a Rússia e os países da Opep voltem às negociações para evitar a guerra de preços
- Na noite de segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA
- O governo do Japão informou que planeja gastar mais de US$ 4 bilhões em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus ? o que pode ajudar a conter a desaceleração econômica
Cronologia da crise do petróleo
- A epidemia de coronavírus reduziu as expectativas de crescimento econômico global e a estimativas de demanda mundial pelo petróleo, fazendo recuar o preço da commodity. Empresas passaram a consumir menos energia, o número de voos de aviões se reduziu e a indústria chinesa enfrenta dificuldades.
- Como forma de estabilizar os preços, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), grupo dos maiores produtores da commodity, que inclui a Arábia Saudita, propôs ampliar os cortes na produção ? com a redução da oferta, os preços tendem a subir.
- A Arábia Saudita, no entanto, condicionou o corte à colaboração da Rússia, um dos maiores produtores mundiais. O país não faz parte da Opep, mas há três anos é um aliado, sendo parte do que ficou conhecido como Opep+.
- Na sexta-feira (6), a Rússia se negou a cortar sua produção. Em resposta, a Opep removeu todos os seus próprios limites de bombeamento. Com isso, o petróleo Brent sofreu sua maior queda diária em mais de 11 anos.
- No final de semana, a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, retaliou a decisão russa, decidiu adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos e anunciou que iria aumentar a produção para ganhar participação no mercado.
- A decisão deu início a uma guerra de preços, que afetou as cotações globais e teve repercussões em todo o mundo.
- Os Estados Unidos podem ser particularmente afetados ? não só por serem os maiores consumidores de petróleo, mas porque uma queda acentuada nos preços do petróleo torna pouco competitivo o óleo extraído no país ? especialmente o produzido a partir do gás de xisto, cujos custos são altos.
- Em mais uma jogada do xadrez dos preços, o Ministério de Finanças da Rússia afirmou nesta segunda que o país poderia suportar preços do petróleo de entre US$ 25 e US$ 30 o barril por um período de entre seis e dez anos.
Fonte: G1